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AVALIAÇÃO DA SOBRECARGA EM MÃES DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
Autor(es): FERREIRA, C., ISHIHARA, M., BEVILACQUA, M., SOUZA, A. C. R. F., ARMONIA, A. C., RIBEIRO, M., SCATTOLIN, M., ROSáRIO, M. C., CAETANO, S., BORDINI, D., PERISSINOTO, J., TAMANAHA, A. C.


Introdução: A sobrecarga em cuidadores de pessoas com patologias crônicas é descrita como uma perturbação resultante do lidar com a dependência física e a incapacidade mental do indivíduo alvo da atenção e dos cuidados. Ao assumir o papel de tutor, cuidador ou responsável pelo bem-estar e prestação de cuidados a um familiar dependente, o indivíduo fica sujeito à tensão e a agentes estressores, mas também a ganhos, tais como sentir satisfação e bem-estar pelo que pode proporcionar a seu familiar (Misquiatti et al, 2015). Objetivo: avaliar a sobrecarga em mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). E como objetivos específicos analisar a correlação entre o nível de sobrecarga, o grau de severidade do TEA; o perfil comunicativo da criança; e o nível socioeconômico da família. Métodos: A amostra foi composta por 16 mães de crianças diagnosticadas com TEA, e entrevistadas no período inicial da avaliação fonoaudiológica. Para avaliar a sobrecarga foi aplicada a versão brasileira da Escala Burden Interview, cujo objetivo é a verificação do nível de sobrecarga dos cuidadores de indivíduos com incapacidades mental e física, por meio de entrevista. Para verificarmos o grau de severidade do TEA na criança foi aplicada, em forma de entrevista, o Autism Behavior Checklist (ABC), que consiste numa listagem de 57 comportamentos não adaptativos. Para verificarmos o perfil comunicativo utilizamos: Teste de Vocabulário Expressivo, que avalia o repertório lexical da criança por meio de nomeação de figuras agrupadas por classes semânticas; e o Teste de Vocabulário Auditivo, que avalia o vocabulário receptivo, por meio da identificação de figuras. Por fim, para identificação do nível socioeconômico foi utilizada a escala socioeconômica da ABIPEME. Resultados: Foi possível verificar predomínio de sobrecarga moderada (56,3%). Não houve correlação entre o índice de sobrecarga, o grau de severidade do TEA, perfil comunicativo das crianças e o nível socioeconômico das famílias. Houve apenas correlação inversa entre o índice de sobrecarga, a faixa etária e a escolaridade das crianças, no sentido de que quanto maior a idade e o nível de escolaridade das crianças, menor o grau da sobrecarga das mães. Conclusões: Foi possível analisar a sobrecarga das mães e verificar que esta mostrou correlação inversa com a faixa etária e nível de escolaridade das crianças.


Dados de publicação
Página(s) : p.8562