Busca


AVALIAÇÃO DA PRAGMÁTICA DE CRIANÇAS NASCIDAS A TERMO E PRÉ-TERMO: COMPARAÇÃO DE DESEMPENHO CONSIDERANDO IDADE CORRIGIDA E CRONOLÓGICA
Autor(es): CARINE CRUZ FERREIRA, BEATRIZ SERVILHA BROCCHI, JULIANA FURINI, PABLO NEPOMUCENO, ANA LUCIA GOULART, JACY PERISSINOTO


Objetivo: avaliar a pragmática de crianças nascidas a termo e pré-termo utilizando o protocolo CSBS_DP.Método: Foram avaliadas 41 crianças de 12 a 24 meses de idade cronológica, 12 a termo e 29 prematuras ao nascimento com o Protocolo de avaliação da pragmática Communication and Symbolic Behavior Scale Developmental Profile- CSBS_DP . O protocolo consiste em um roteiro de entrevista com pais de crianças entre 8 e 24 meses desenvolvido para identificar diferentes aspectos do desenvolvimento de bebês e crianças a fim de rastrear quais destas devem ser encaminhadas para avaliação. O questionário é composto de 24 perguntas divididas em 7 subescalas: emoção e contato visual, comunicação, gestos, sons, palavras, compreensão e uso do objeto. O questionário foi traduzido pelas autoras do trabalho e revisado por uma fonoaudióloga bilíngue, que realizou os ajustes do idioma e socioculturais. Todos os pais assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os pais das crianças a termo receberam os questionários através da escola que as crianças frequentavam e devolveram em uma data estipulada. Os pais das crianças prematuras foram questionados pela pesquisadora no momento de rotina de avaliação no Ambulatório de Prematuros, pertencente à uma Universidade em São Paulo. Os dados foram analisados de acordo com a idade cronológica e corrigida dos prematuros e comparados às crianças a termo. Utilizou-se testes estatísticos, como o teste de significância do X² e percentual descritivo. Resultados: Observou-se que a média de idade dos participantes foi de 19,5 anos e de idade corrigida dos prematuros 15,8 anos. A maior parte dos participantes (88%) de ambos os grupos não obteve risco para alterações de linguagem no escore global, havendo diferença significativa com o grupo que obteve risco para alterações de linguagem (X²=0,97; p=0,05). Observou-se, contudo que, no grupo sem risco, 23% das crianças apresentaram escore abaixo do esperado para algum componente avaliado (social, de fala ou simbólico), porém o escore global manteve-se dentro do esperado. Nenhuma criança a termo apresentou risco para alterações de linguagem.Com relação aos prematuros, 17,2% obtiveram escore de risco para alterações de linguagem, 14 (48,2%) não apresentaram risco e 10 (34,4%) obtiveram risco em algum componente. Não houve diferença significativa entre o grupo de crianças pré-termo e a termo (p<0,05). Quando realizada a correção da idade gestacional, observou-se melhora no desempenho dos prematuros, embora não haja diferença significativa entre a idade cronológica e idade corrigida (X²= 0,78;p=0,05). Duas crianças (6,8%) continuaram apresentando risco, seis (20%) mostraram risco para algum componente da linguagem (estas também apresentavam o mesmo desempenho para a idade cronológica) e 22 (75,8%) não obtiveram risco. Não houve diferença significativa entre o grupo de crianças pré-termo com idade corrigida e a termo (p<0,05).Conclusão: As crianças de ambos os grupos apresentaram, em sua maioria, desempenho dentro do esperado para a idade e, observou-se diferença no desempenho das crianças prematuras, mesmo não significativas, quando realizada a correção da idade com relação à idade gestacional.


Dados de publicação
Página(s) : p.9478
URL (endereço digital) : http://sbfa.org.br/portal/anais2017//trabalhos_select.php?id_artigo=9478&tt=Busca
ISBN 978-85-89902-05-2