SESSÃO DE PÔSTERES


OCORRÊNCIA DE BRONCOASPIRAÇÃO DE SALIVA EM PACIENTES TRAQUEOSTOMIZADOS
Autor(es): VIVIANE CASTRO DE ARAÚJO, CRISTIANE RODRIGUES SILVA, HELBERSON PEDRO DE SOUZA CUNHA, RAQUEL NASCIMENTO DA SILVA RORIZ, PAMELA PAOLA CARNEIRO LOPES


INTRODUÇÃO: A traqueostomia tem algumas vantagens, pois facilita o desmame ventilatório e melhora a mobilidade do paciente, no entanto, também é considerada prejudicial ao alterar a mecânica respiratória normal, a aerodinâmica das vias aéreas superiores, os reflexos protetores, bem como a fisiologia normal da deglutição. O método mais utilizado pelos fonoaudiólogos na avaliação de pacientes traqueostomizados é o blue dye test, pois o mesmo é uma ferramenta rápida e de baixo custo, sendo realizado no leito sem necessidade de grande cooperação do paciente, permitindo a identificação do risco de broncoaspiração de saliva e oferecendo informações prévias para determinação de exames instrumentais e avaliação clínica. OBJETIVO: Caracterizar indivíduos traqueostomizados quanto a patologia de base e resultados do blue dye test, comparar o tempo de internação entre sujeitos com blue dye test positivo e negativo e relacionar os resultados com o tempo de traqueostomia e de ventilação mecânica. MÉTODOS: Estudo transversal, aprovado pelo comitê de ética em pesquisa sob o número 563.077/14. Participaram 21 indivíduos internados em um hospital de referência no atendimento em urgências. Todos foram submetidos à avaliação da deglutição por meio do blue dye test. Nos casos em que houve saída imediata de secreção azulada pela cânula da traqueostomia o teste foi positivado. Quando não houve resultado positivo imediato, a equipe recebeu orientações para observar por 24 horas e registrar em prontuário a saída ou não de secreção e quando não detectado foi considerado negativo. RESULTADOS: Constatou-se que 42,9% dos participantes apresentavam blue dye test positivo; 52,4% apresentou traumatismo crânio encefálico como patologia de base; Não se constatou diferença no tempo de internação entre participantes com resultado positivo e negativo e não houve relação destes resultados com o tempo de uso de traqueostomia e da ventilação mecânica. CONCLUSÃO: Concluiu-se para a amostra estudada que 42,9% de indivíduos traqueostomizados apresentam blue dye test positivo, 52,4% apresentam traumatismo crânio encefálico e o tempo de internação não é diferente entre indivíduos com teste positivo e negativo. O resultado do blue dye test não tem relação com o tempo de uso da traqueostomia e da ventilação mecânica.


Dados de publicação
Página(s) : p.9779
URL (endereço digital) : http://sbfa.org.br/portal/anais2017//trabalhos_select.php?id_artigo=9779&tt=SESSÃO DE PÔSTERES
ISBN 978-85-89902-05-2